segunda-feira, 16 de março de 2009

As Coisas Que Fazemos

Vai o dia... vem a noite
Ninguém,nada,entendendo
Dói,no peito, o açoite
São as coisas que fazemos

Não medimos consequências
Não pensamos,só dizemos
em total efervescência
São as coisas que fazemos

Prometemos sem cumprir
Machucamos quem queremos
E quem vai nos impedir?
São as coisas que fazemos

Escolhemos procurar
O que nunca nós perdemos
E colher,mas sem plantar
São as coisas que fazemos

Vendo a paz se agitar
esquecemos o que temos
Tudo,tudo se acabar
São as coisas que fazemos

O que foi não vai voltar
O que vem,nós não sabemos
O presente,aí está:
São as coisas que fazemos!

By Ariadne

sábado, 14 de março de 2009

Sonhos ou Lembranças?

Agora mesmo,despertei de um sonho que não tinha nada a ver com a minha realidade,mas mesmo assim,pareceu-me familiar.
Neste sonho,eu era mãe de meu irmão caçula,que embora já seja adulto,no sonho devia ter uns 11 anos.Moravamos numa casa antiga,que ficava acima do nível da rua e de onde se via, a frente,uma espécie de campinho de futebol cheio de pedaços de árvores e muita terra poerenta.E neste campinho,ficavam homens que pareciam ser da comunidade,jogando bola.
A casa possuía em seus muros,flores e plantas,como Trepadeiras e Eras.
E um indivíduo me aparecia e insistia em me falar.Um homem de meia-idade,mulato,magro e que parecia ser alcoólatra.
Eu o mantive um longo tempo trancado por fora da casa,na varanda,esperando que minha vizinha viesse juntar-se a nós,pois temia recebê-lo sozinha.
Até que ela se demora e acabo por ir ter com ele,sem ela.
Ele me avisa que minha casa será alvo de assaltante locais.Ou seja,meus próprios vizinhos e esposas irão invadí-la.
Fico aflita pensando num modo de dissuadi-los do ato,que está previsto para o final de semana, a noite.
Só que enquanto pondero sobre isso,vejo do alto,que eles já estão dentro da propriedade,no que seria um quintal a baixo.
Corro a fechar portas e janelas,que estão caindo aos pedaços e peço ao meu irmão (que é meu filho no sonho),que corra a fechar as demais.
Nisso olho ao redor a procura de um móvel pesado pra segurar as duas portas, que estão lado a lado e dão para o mesmo quintal, abandonado,por onde eles avançam.
Mas os móveis que arrasto até a porta são leves e velhos.
São facilmente empurrados para dentro,de volta,junto com a porta.
Sou interpelada por dois jovens asiáticos e mulheres brasileiras e fico tentando argumentar .
Na verdade,não sinto medo.Sinto pena de estar sendo subtraída por meus vizinhos,sendo que a casa não possui nada que valha a pena roubar,pq nessa altura,o que vejo ao redor,são coisas comuns que não justificam o assalto.Me sinto mal por ser alvo da antipatia deles.
Um deles com uma faca,que me pareceu cega, é o que tento abrandar.
Coloco meu filho-irmão de joelhos ao meu lado,para orar nosso mantra comigo ( NAM-MYOHO-RENGUE-KYÔ ).
Não lembro do final...
Acordei com a sensação de estar coberta de folhas secas.
Parecia que havia estado lá.
Meu corpo dói.Peito e costas.